Vista do Maxi

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sábado, 7 de xaneiro de 2017

Santa Cruz Aberta ao Mar perante as cínicas declaraçons de García Seoane a respeito da parcela da Solana na Corunha


Santa Cruz Aberta ao Mar acolhe com surpresa as declaraçons de ÁngelGarcía Seoane a respeito do futuro da finca da Solana na Corunha, segundo as quais o regedor do Concelho de Oleiros exige “como corunhês” que tal parcela passe a maos municipais, frente as pretensons da Autoridade Portuária. Evidentemente, Santa Cruz Aberta ao Mar acredita na prevalência do bem comum perante a propriedade privada, e conseqüentemente com isso acha legítimas as reivindicaçons tanto do movimento popular no concelho vizinho como da equipa de governo da Corunha a respeito da Solana. Porém, consideramos umha burla que apareçam estas declaraçons do mandatário municipal oleirês na imprensa local depois de durante dous anos dar mostras de umha atitude radicalmente contrária ao que predica com respeito a este assunto.


 
Queremos recordar que Santa Cruz Aberta ao Mar durante dous anos também reivindicou que umha parte de terreno ganhado ao mar, sobre o que outrora se levantava o prédio do antigo Hotel Maxi, passasse a maos públicas, umha reivindicaçom que o senhor García Seoane chegou a qualificar de “inmoral”. A guerra suja à que fomos submetidos por defender o que defendiamos chegou aos extremos do insulto pessoal e a difamaçom. A cólera irracional com a que o Presidente da Câmara reagia às nossas reivindicaçons chegava ao seu ponto álgido de surrealismo quando empatizava até a lágrima com o proprietário do terreno, afirmando que o estávamos a submeter a um “calvário”.

Todo o que nós reivindicávamos era que se modificasse pontualmente o Plano de Ordenamento Municipal para que nessa parcela nom se puidesse constroir, e que se habilitasse para algum uso público, que se adquirisse mediante compra ou permuta, duas vias perfeitamente legais e factíveis. O governo municipal em nengum momento quixo considerar essas possíveis vias de soluçom e a dia de hoje está-se constroindo no ángulo mais estratégico da costa de Santa Cruz um prédio de 18,50 metros de alto, destinado a aparthotel.

Pontificar em casa alheia sobre o que nom se fai em casa própria é cínico, hipócrita, demagógico e umha falta de respeito (mais umha) a todas as pessoas vizinhas de Oleiros ou nom que se pronunciarom em contra do projeto do novo Maxi e pola preservaçom da costa. Além disso, é umha ingerência em assuntos que nom som competência da Câmara Municipal de Oleiros e um intento patético de alicionar aos movimentos sociais da Corunha, que som os que tenhem que levar a cabeça das reivindicaçons a respeito da Solana e de outros espaços da cidade herculina a recuperar.

Recomendamos-lhe ao Presidente da Câmara Municipal de Oleiros que deixe de intentar sentar cátedra mais aló dos limites do seu município e que seja mais auto-crítico. E, sobre tudo, que nom perda as oportunidades de realizar “como oleirês” o que postula “como corunhês”, nom vaia ser que a pretensa “singularidade” do projeto que lidera se mantenha a base de incoerência. Nom há mais que ver as últimas atuaçons urbanísticas da Câmara Municipal de Oleiros para dar-se conta de que há um modelo que se esgota e que deriva cara tudo o contrário dos princípios nos que dizia basear-se.

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