Santa
Cruz Aberta ao Mar acolhe com surpresa as declaraçons de ÁngelGarcía Seoane a respeito do futuro da finca da Solana na Corunha,
segundo as quais o regedor do Concelho de Oleiros exige “como
corunhês” que tal parcela passe a maos municipais, frente as
pretensons da Autoridade Portuária. Evidentemente, Santa Cruz Aberta
ao Mar acredita na prevalência do bem comum perante a propriedade
privada, e conseqüentemente com isso acha legítimas as
reivindicaçons tanto do movimento popular no concelho vizinho como
da equipa de governo da Corunha a respeito da Solana. Porém,
consideramos umha burla que apareçam estas declaraçons do
mandatário municipal oleirês na imprensa local depois de durante
dous anos dar mostras de umha atitude radicalmente contrária ao que
predica com respeito a este assunto.
Queremos
recordar que Santa Cruz Aberta ao Mar durante dous anos também
reivindicou que umha parte de terreno ganhado ao mar, sobre o que
outrora se levantava o prédio do antigo Hotel Maxi, passasse a maos
públicas, umha reivindicaçom que o senhor García Seoane chegou a
qualificar de “inmoral”. A guerra suja à que fomos submetidos
por defender o que defendiamos chegou aos extremos do insulto pessoal
e a difamaçom. A cólera irracional com a que o Presidente da Câmara
reagia às nossas reivindicaçons chegava ao seu ponto álgido de
surrealismo quando empatizava até a lágrima com o proprietário do
terreno, afirmando que o estávamos a submeter a um “calvário”.
Todo
o que nós reivindicávamos era que se modificasse pontualmente o
Plano de Ordenamento Municipal para que nessa parcela nom se puidesse
constroir, e que se habilitasse para algum uso público, que se
adquirisse mediante compra ou permuta, duas vias perfeitamente legais
e factíveis. O governo municipal em nengum momento quixo considerar
essas possíveis vias de soluçom e a dia de hoje está-se
constroindo no ángulo mais estratégico da costa de Santa Cruz um
prédio de 18,50 metros de alto, destinado a aparthotel.
Pontificar
em casa alheia sobre o que nom se fai em casa própria é cínico,
hipócrita, demagógico e umha falta de respeito (mais umha) a todas
as pessoas vizinhas de Oleiros ou nom que se pronunciarom em contra
do projeto do novo Maxi e pola preservaçom da costa. Além disso, é
umha ingerência em assuntos que nom som competência da Câmara
Municipal de Oleiros e um intento patético de alicionar aos
movimentos sociais da Corunha, que som os que tenhem que levar a
cabeça das reivindicaçons a respeito da Solana e de outros espaços
da cidade herculina a recuperar.
Recomendamos-lhe
ao Presidente da Câmara Municipal de Oleiros que deixe de intentar
sentar cátedra mais aló dos limites do seu município e que seja
mais auto-crítico. E, sobre tudo, que nom perda as oportunidades de
realizar “como oleirês” o que postula “como corunhês”, nom
vaia ser que a pretensa “singularidade” do projeto que lidera
se mantenha a base de incoerência. Nom há mais que ver as últimas
atuaçons urbanísticas da Câmara Municipal de Oleiros para dar-se
conta de que há um modelo que se esgota e que deriva cara tudo o
contrário dos princípios nos que dizia basear-se.
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